sábado, 7 de abril de 2007

18 de Março de 2001 (domingo)

Chego ao hospital da figueira da foz com a minha mãe, o meu irmão e a minha cunhada. Marco uma consulta na urgência e espero que me chamem.
Pouco tempo depois sou chamada para uma sala onde estava o mesmo médico simples e simpático da quinta-feira e uma outra médica, a Dra. Amélia. Falavam sobre o meu caso. Palparam-me o gânglio e explicaram-me como seria a biopsia. Era realmente necessário retirar o nódulo e para isso teria de ir ao bloco operatório.
Eu estava cada vez mais confusa. Tudo era tão novo para mim. Estava assustada e sozinha porque a minha família não podia entrar. O meu pensamento estava a mil à hora cheio de ses, mas não tinha outra opção. Tinha um único caminho e só podia seguir por ele.
Mandaram-me tirar a roupa e vestir uma espécie de pijama verde e lá fui eu em direcção ao bloco operatório.
Já tinha visto muitas salas operatórias nos filmes, mas só passando por lá se pode ter realmente uma ideia do que é. O frio que se sente torna tudo ainda mais mórbido. À base de mármore escuro, uma maca, uns grandes holofotes e um grande relógio na parece foi o q melhor ficou na minha memória para além de todos aqueles utensílios médicos.
Não me lembro se estava a soro mas imagino que sim. Deitada naquela maca começaram a pequena cirurgia. Eu não conseguia ver praticamente nada porque o tecido do campo me tapava a face. Espetaram-me a anestesia no local do nódulo e o médico começou a intersecção. Não sentia dor propriamente dita mas não é tão simples como imaginava. A intervenção demorou cerca de pouco mais de meia hora. O pequeno nódulo de cor branqueada semelhante a uma amêndoa já estava cá fora.
Tudo tinha corrido bem, tinha apenas algumas dores. Levei uma receita para comprar um anti – inflamatório e com a indicação para retirar os pontos após alguns dias.
O resultado da biopsia estaria pronto 10 dias depois.

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito obrigada por compartilhar sua experiência.