sábado, 7 de abril de 2007

15 de Março de 2001 (quinta-feira)

Passou algum tempo até ter curado a infecção. Fiz novamente análises de sangue e um raio x. Estava óptima! Diziam os exames e a minha médica de família, mas não…não estava. Aquele pequeno carocinho insignificante que não me incomodava, nem me doía, continuava lá e agora um pouco maior.
A minha médica mostrou-se pela primeira vez preocupada. Eu continuava serena. É claro que as piores hipóteses já me tinham passado pela cabeça, mas de uma forma muito fantasiosa. Estava longe de imaginar o que se estava a passar. A médica sugeriu-me então que fosse a uma consulta de cirurgia de forma a fazer uma biopsia o mais rápido possível.
Marquei a tal consulta para o final da tarde. E comecei então pela 1ª vez a pensar no que me disse a médica. Falou-me em biopsia…como seria uma biopsia? Espetariam-me uma agulha e retirariam um pouco de liquido? Retirariam o caroço todo? Não fazia a menor ideia.
Por volta das 6 horas lá fui à tal consulta.Encontrei um médico simples e simpático que me pôs muito à vontade. Expliquei toda a minha situação. Palpou-me o gânglio inflamado e então começou a falar. Disse que poderia ser um linfoma ou um simples quisto ou talvez, ainda estivesse inflamado devido à infecção que tivera anteriormente. Disse muitas mais coisas que simplesmente não ouvi porque apenas pensava na primeira hipótese…um linfoma…o que era um linfoma? Explicou-me que era um tumor no sistema linfático. Um tumor… Doeu ouvir aquela frase! Um cancro? Porque haveria eu de ter um cancro?! Não fazia sentido algum mas sem dúvida que era a grande hipótese.
Marcou-me a biopsia para o próximo domingo tal não era a importância em fazer o exame rapidamente.

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